Bom dia meninas lindas. Hoje tem um casamento muito especial por aqui. Um casamento carregado de significado, daqueles que traduz a essência do casal, com muito amor e a história, cheia de referências da literatura brasileira.
A Lúcia e o Bernardo se casaram no Sítio Veredas, numa abençoada tarde do Rio de Janeiro. A decoração seguiu uma paleta de tons claros de amarelo e azul, mas predominando o branco. Foi um dia em que se podia sentir no ar todo o amor, encontro e música destes dois apaixonados.
Sabe, não é à toa que casamento com significado nos deixa emocionadas. Se casar já é lindo, imagina casar com tanta essência, memórias e carinho. É simplesmente mágico!
A Noiva dá as Dicas
Façam o mais prático, dentro do possível. Evitem a loucura que pode ser essa preparação. Mas também se permitam curtir coisas que só são possíveis de serem feitas quando você casa, ainda que possa parecer bobo em um primeiro momento. Acho que não é uma medida muito fácil, mas é possível de encontrar um equilíbrio.
Mantenham-se atentas ao essencial, o amor que levou até esse momento. Não se forcem a fazer algo só porque todo mundo faz, façam o que diz de vocês, do casal. Acho que isso pode ajudar.
E sintam-se à vontade, se entreguem, se joguem e vivam cada segundo desse dia. Ele passa muito rápido.
“Nosso casamento foi numa mistura boa de muita brasilidade, com as Minas Gerais de Guimarães Rosa, a Bahia de Bernardo, Bethânia, Caetano, Gil e Jorge Amado. Foi bem sertanejo, com direito a fogueira de São João, e cheio de poesia, sempre embalado pelo conto deles.” – Lúcia
Amor à primeira vista
Essa é uma história que cada um conta de um jeito, sempre de um modo diferente. Mas dizem por aí que foi amor a primeira vista mesmo, a noiva bateu o olho – no primeiro dia de aula do mestrado – e se tremeu. Não tinha jeito, não. O noivo ainda se demorou um bocado, mas na hora certa – certíssima – ele veio. Por isso, e um tanto mais, a Lúcia e o Bernardo dizem que a sua história já foi contada, em outras palavras, por Guimarães Rosa, no conto Substância.
“A hora era de nada e tanto; e ela era sempre a espera. Afoito, ele lhe perguntou:
– ‘Você tem vontade de confirmar o rumo de sua vida?’ – Falando-lhe de muito coração.
– ‘Só se for já…’ – e, com a resposta, ela riu clara e quentemente, decerto que sem a propositada malícia, sem menospreço. Devia de ter outros os significados o rir, em seus olhos sacis.”
O casamento foi, na verdade, vários casamentos. “Casamos muitas vezes nesse tempo, cada uma ao seu jeito, mas a decisão sempre nos adveio por necessidade, pelo amor que ia além dos limites dos nossos corpos e pedia mais.”
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