Em alguns dias vamos começar a introdução alimentar por aqui. Confesso que estou ansiosa, meio nostálgica também. Mas, o que mais sinto é gratidão! É uma vitória amamentar e fazer parte de uma pequena porcentagem de mamães que conseguem amamentar exclusivamente até os 6 meses.
Sempre conto para vocês a minha experiência, as minhas impressões e o caminho que EU escolhi seguir. Não sou pediatra, nem nutricionista, apenas uma mãe de primeira viagem super curiosa e tentando encontrar o caminho que mais combine com a nossa rotina, com o nosso estilo de vida.
Desde que soube que teria um bebê eu já orei pela saúde dele. A gente não tá nem aí se virá bonito, feinho, magrinho, gordinho, careca, cabeludo… (mas eu acho todos os bebês lindos e fofos rs) Tudo o que queremos é saúde, sabedoria e paciência, porque amor, já tem de sobra! Na minha listinha de oração em segundo lugar vinha a amamentação. Queria muito conseguir nutrir meu bebê e viver essa experiência. Mas eu pequei em estudar pouco, em conhecer de forma superficial tudo o que envolve a amamentação. Aprendi na raça mesmo, rs.
Eu já falei sobre a minha experiência com a amamentação nesse post aqui. Hoje quero falar porquê escolhi amamentar exclusivamente. Preciso deixar bem claro que é a minha opinião, o que deu certo comigo e o que eu acho correto, ok?
Trabalho em casa
Eu trabalho em casa e não precisaria me afastar da Bela quando ela completasse 4 meses, como a maioria das mamães. Esse foi um dos fatores que mais contribuiu. Embora seja possível fazer a ordenha do leite e estocar, é muito difícil produzir para um dia inteiro. Eu consegui me organizar bem para atender a Bela sempre que tivesse fome ou vontade de mamar e não precisei estocar leite. Ela não faz ideia do que seja mamadeira.
A importância da livre demanda
A livre demanda foi essencial! Nos primeiros meses o nosso corpo produz muito leite, mas com o tempo, se ajusta à demanda do bebê. Depois da minha primeira crise (e única) de baixa produção de leite, escolhi amamentar em livre demanda. Entendi que quanto mais a Bela mamasse, mais leite eu teria. Vocês sabiam que a maior parte do leite é produzido na hora em que o bebê mama? Nosso corpo é realmente perfeito! O leite é fresquinho! rs A alimentação balanceada e rica é muito importante, mas o que funcionou mesmo para mim foi amamentar. O leite não precisa ficar “estocado”. Quanto mais amamento, mais produzo. Isso inclui deixar o bebê ficar no peito mais tempo do que “o esperado”. É difícil aceitar essa coisa de “chupetar” o peito, porque a nossa sociedade olha feio mesmo e muitas mães acham um absurdo deixar o bebê muito tempo no peito. Acham que ele “vai ficar mal acostumado”. Mas eu acredito que, além de acalmar o bebê, aumenta a produção e esse leitinho é o que dá saciedade, por ser o mais gorduroso. (gente, é a minha opinião, ok?)
Saúde do bebê
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) é recomendado o aleitamento materno exclusivo até os seis meses de idade. Não é apenas porque é “bonito” ou “está na moda essa coisa de amamentar exclusivamente até os 6 meses”, tem a ver com a saúde do bebê! E também não acho certo pensar assim: “ah! minha mãe e avó sempre deram suquinhos e frutinhas e nós sobrevivemos, somos fortes e saudáveis”. A medicina avançou muito e concordo que precisamos da experiência da nossa mãe e avós, mas apenas o que for bom. Se os estudos demostram algo contrário, por quê temos que teimar só porque era assim no passado? Temos maturidade para escolher e não podemos esquecer que somos nós, mães, quem decidimos o que é melhor para o nosso filho.
“O sistema digestivo e renal da criança pequena são IMATUROS, o que limita a sua habilidade em manejar alguns componentes de alimentos diferentes do leite humano/substituto, podendo causar sobrecarga e conseqüências a CURTO, MÉDIO e LONGO prazo. Devido á alta permeabilidade do tubo digestivo, a criança pequena corre o risco de apresentar reações de hipersensibilidade a proteínas estranhas, e ainda, o rim imaturo, por sua vez, não tem a necessária capacidade de concentrar a urina para eliminar altas concentrações de solutos provenientes de alguns alimentos. Em torno do 6º mês, a criança encontra-se em estágio de MATURIDADE FISIOLÓGICA que a torna capaz de lidar com alimentos diferentes do leite.” (Katia Cili, nutricionista materno-infantil)
Eu acreditei!
Também acredito que amamentar está ligado ao psicológico. Eu acreditei e confiei no meu corpo e na minha capacidade de nutrir a minha bebê. Deu certo para mim e foi uma grande vitória. Quero continuar amamentando até quando for bom para nós duas. Foi fácil? Não! Cada dia uma conquista, uma novidade. Mas eu sou uma fiel incentivadora da amamentação. Agora, estamos prontas para o próximo capítulo! Ah!! A maternidade é realmente surpreendente.