Quando recebemos o email da Branna ficamos com o nosso coração aquecido de carinho e felicidade. Ela conta que acompanha o Lápis de Noiva desde o primeiro post (quem lembra?). A Branna conta assim: “Sigo o Lápis de Noiva desde seu primeiro post, tanto tempo que já nem lembro mais como descobri vocês. Sei apenas que, fascinada pelo trabalho da Junia e do Lícius, acabei encontrando um site simples, mas cheio de amor e ideias inovadoras. De lá pra cá, o blog cresceu, amadureceu, ganhou vida e mais ideias; e, juntamente com ele, meu relacionamento também foi evoluindo…”
A caminhada até o altar da Branna e do Rafael durou exatos 7 anos. A Branna sempre imaginou que tradição de festa, vestido e cerimônia não era para ela, sempre que ouvia a palavra casamento já saia correndo (rs), mas uma semana antes de completarem 6 anos de namoro o Rafael a pediu em casamento debaixo da árvore onde disseram o seu primeiro eu te amo. Foi tudo tão mágico, lindo e irresistível que a sua resposta não poderia ser outra além de SIM!
Em um piscar de olhos a Branna se viu totalmente envolvida, sonhando e planejando o seu casamento. Eles teriam seis meses para organizar tudo do jeitinho que sempre sonharam, mas devido a um problema familiar tiveram que desmarcar o seu casamento: “Chorei, desiludi, voltei a pensar que aquilo não era pra mim. Mas, como disse em meus votos, o Rafa é ‘expressão da Graça de Deus na minha vida’ e, mesmo sem ter vontade alguma de fazer uma festa, ele ‘entregou tudo por amor a mim’. O Rafa resolveu remarcar o casamento para dali a 3 meses e, mesmo com prazo apertadíssimo, topou todas as minhas ideias loucas.”
Organizaram um casamento do zero em apenas 3 meses!!! A parceria foi forte. Enquanto a Branna idealizava, o Rafael super engajado, corria pra negociar e fechar os contratos.
Os noivos queriam uma celebração simples mais cheia de significado. Buscaram um local onde pudessem ter uma linda cerimônia ao ar livre em meio à natureza. Como sua história é marcada por árvores, ela com certeza não poderia faltar no grande dia.
Encontraram o lugar perfeito que foi amor à primeira vista, mas temeram a chuva. Resolveram então que confiariam em Deus e não programariam um plano B. E adivinha só? Choveu na estrada há poucos metros do espaço, mas lá, onde aconteceu o casamento não caiu uma gota sequer!
A Branna e o Rafael faziam questão que tudo tivesse a sua cara, então resolveram colocar a mão na massa. Com a ajuda da família fizeram vários projetinhos DIY (faça você mesmo), tudo para que todos os presentes pudessem de fato fazer parte de sua história.
A cerimônia repleta de emoção foi celebrada pelo tio da noiva que é como se fosse um pai para ela. Seus avós, irmãos e afilhados participaram e seu sogro escreveu e cantou uma música surpresa para o casal. Os votos também emocionaram a todos e foram inesquecíveis!
“Ouvi de muitos fornecedores que eu não me encaixava nos padrões, por isso resolvi que faria no meu casamento tudo como achássemos bonito. Fiz questão de ter a porta na entrada da cerimônia, escolhi buquês simples para as cadeiras do corredor, músicas incomuns (folk), usei uma tiara de folhagens no cabelo, sapato azul e brinco azul também, e um buquê com sementes, suculentas e flores. Tirei a anágua do vestido, pra que ele ficasse bem solto e leve (no fim da festa, me diverti girando com ele), e usei batom rosa escuro. E quer saber? Fui muito feliz, me senti realizada em ser eu mesma no momento mais importante da minha vida!”
O First Touch
“Fiquei na dúvida em fazer o First Look, mas o Rafa bateu o pé e disse que só queria me ver no altar. Como queríamos muito nos encontrar antes para orarmos juntos, tivemos que fazer isso sem ele me ver. O jeito foi ele ficar de um lado de uma árvore e eu do outro. Nos tocamos mas não nos vimos. Esse foi o momento mais emocionante, foi quando caiu a ficha de que tudo que sonhamos e parecia impossível. Estava ali, prontinho, só esperando a gente. E, por obra de Deus, novamente tudo aconteceu embaixo de uma árvore.”
História de Amor
“Conheci o Rafael, há 11 anos. Era o meu primeiro dia no ensino médio, em uma escola totalmente desconhecida, e ele foi o primeiro a me dar um sorriso de boas vindas. Nasceu aí uma grande amizade que foi crescendo à medida que íamos estudar juntos embaixo da árvore da esquina.
O tempo passava e não desgrudávamos um do outro, qualquer motivo era desculpa para estarmos juntos. Certo dia, embaixo da mesma árvore, ele disse que me amava. Eu, boba, com medo de perder meu melhor amigo, fechei os olhos para o que eu também sentia, e o fiz prometer que seguiríamos com aquela amizade e somente ela.
O tempo foi passando, tivemos a sorte de fazer todo o ensino médio juntos e depois a mesma faculdade também. Na faculdade, como sempre, ele me socorria nas matérias e às vezes eu conseguia convencê-lo a fugir da aula pra ver um filme qualquer no cinema. Continuávamos melhores amigos e todos os dias íamos e voltávamos juntos, o que o Rafa disse depois ser uma tortura pois ainda me amava e era difícil viver escondendo seus sentimentos.
Já eram 4 anos de uma amizade que implorava pra ser mais, foi quando resolvi ser sincera e arriscar: confessei meu amor para uns amigos em comum e eles armaram todo o resto. No outro dia, lá estava o Rafael, embaixo de uma árvore me pedindo em namoro. E, claro, eu aceitei!
Naquele momento entendemos que todos nossos desencontros faziam, enfim, sentido. Nossos olhos se abriram e percebemos que a amizade não tinha acabado, ela tinha florescido.”