Cinco anos se passaram desde o meu grande dia! As vezes penso que já tenho 20 anos de casada, já vivemos tanta, tanta, tanta coisa juntos que é difícil imaginar que só se passaram 5 anos! Ao mesmo tempo, quando olho para trás e também para o futuro percebo que ainda não vivi nada e que a cada dia eu aprendo um pouquinho mais nessa vida de casada… Cinco anos se passaram num piscar de olhos!
O sonho de fazer um blog de casamento começou na época do meu casamento, mas a correria e as nossas prioridades eram outras. Com o tempo esse sonho foi tomando conta por completo e acreditamos que no momento certo Deus guiou e fez o blog nascer! Como na época a Lore tinha acabado de casar, os assuntos mais fresquinhos eram do casamento dela! E o meu casamento sem querer ficou guardado na gaveta por todos esses anos! :)
Eu fui a primeira a casar. Naquela época muitas coisas eram diferentes. O mercado de casamento era diferente e não existiam tantas referências e inspirações como hoje! Por ser fotógrafa de casamento conseguia enxergar exatamente o que eu gostaria para o meu casamento e o que eu não gostaria! Confesso que eu errei em várias decisões, mas isso também faz parte! Quando a Lore casou ela viu tudo que deu certo no meu casamento e fez igual, o que não deu certo ela já tinha aprendido direitinho a lição.
Nunca imaginamos um casamento tradicional com véu e grinalda, em uma igreja, sabe? Imaginávamos um casamento pequeno, no campo, bem simples e ao mesmo tempo, que tivesse a nossa identidade em todos os detalhes… Naquele tempo essa proposta não era tão comum, para falar a verdade não conhecíamos nenhum no Brasil, nossas referências eram gringas. A primeira proposta era casar em Petrópolis, no jardim da casa de uma tia! Um local especial para nossa família, cheio de memórias boas, mas com estrutura zero. Demoramos a perceber que era um plano inviável, inclusive se a previsão fosse de chuva.
Quando faltavam apenas 4 meses para o casamento, nós resolvemos visitar o Meio do Mato Eventos e foi ali que percebi que poderíamos casar no Rio de Janeiro com a proposta que sonhávamos! Eu tinha o lugar perfeito, era só decorar do nosso jeitinho! Como mencionamos anteriormente, nós não sonhávamos com a estrutura de festa, mas com um jardim, então conseguimos convencer o pessoal do sítio a liberar o campo de futebol para vivermos nosso grande dia! Eles toparam e foi dada a largada! :)
A fase dos preparativos foi mais curta do que imaginávamos, ainda bem que eu tinha a Etiene e a Lorena, minhas irmãs, para colocar a mão na massa e fazer alguns projetinhos DIY que tínhamos em mente! O Lícius me ajudou em muitas etapas. Resolvemos fazer os envelopes dos convites de juta e couro, deu um super trabalho, mas valeu a pena! Contamos com a identidade visual da Gabi Yano e ficou tudo lindo, e a proposta do casamento!
O vestido de noiva foi uma longa história, sempre quis algo bem simples, sem brilho ou renda… E em uma viagem que fiz para New York me apaixonei por um modelo da JCrew, e mesmo não tendo aprovação total das amigas e das irmãs, resolvi casar com o vestido que eu havia me apaixonado! Não me arrependo, fiz o que meu coração mandou e não consigo me imaginar usando um vestido diferente, que não tivesse a minha cara.
Casamento não é para agradar os outros, é para agradar você e o seu noivo! A comida tem que ser algo que vocês amam comer, o estilo tem que ser o de vocês. Esqueçam o que está na moda, o que vai fazer sucesso, ou o que os outros vão pensar! Convidem quem é especial para vocês, façam uma decoração única, não liguem para todos os “tem que ter”.
Nosso casamento foi marcado para as 14hs, o sonho era que tudo acontecesse durante o dia! Que todos se sentassem e curtissem o brunch vegetariano com cardápio que eu fiz juntamente com a Eliane Leal, que foi incrível e super aberta. Até hoje todo mundo elogia a comida e dizem que nem deu para sentir falta da carne! Ficamos felizes da vida. As lembrancinhas foram livros “Casei, e agora?” escrito pelos meus pais. O bolo foi uma torre de cupcakes de limão da Rafaela Panisset e um mini bolo da amiga Daniela Ferreira no topo da nossa torre! A estrutura de madeira foi feita à mão pelo Lícius e seu pai. As forminhas dos doces, em sua maioria, foram produzidas com papel de semente – depois de usadas foi só rasgar em pedacinhos e plantar. Outro detalhe diferente que não queríamos no casamento eram copos de verdade, queríamos que todos recebessem um “vidrinho reciclável de milho” com canudinhos de papel! Algo bem “cara de casa de vó”. Além dos doces, optamos por tortas caseiras e a claro que a nossa torta de banana integral favorita não poderia faltar. Até então, nenhum casamento tinha essa proposta e muitas vezes a minha família “olhava torto”, mas nunca deixaram de me apoiar. Eles acreditaram no nosso sonho.
Foram muitas madrugadas fazendo os cata ventos, as flores de papel craft, limpando os vidrinhos, pintando madeiras. Tínhamos um tema para o casamento: “a picture of us”, e foi uma delícia sonhar com cada detalhe.
Para a decoração nós compramos algumas coisas em antiquários que eram super especiais para nós e que até hoje estão na nossa casa! A máquina de escrever, os livros antigos, plaquinhas, caixotes, molduras, garrafinhas, toras de madeira, câmeras fotográficas, entre outros… O piano foi especial, treinei desde os meus 9 anos de idade e meu pai lixou e pintou todo de branco, ficou perfeito! No ano seguinte, foi uma das peças do casamento da minha irmã também.
Os fotógrafos queridos e super especiais fizeram toda diferença, nossa eterna gratidão a eles! Obrigada, Renata Marques e Gustavo Gaiote!
NAO FOI PERFEITO!
O meu grande dia foi lindo, mas também foi tenso. Esquecemos o sapato do noivo, eu fiquei nervosa, queria ajudar a decorar, não parava quieta e por fim tive que tomar calmante, o nosso cachorro que era para entrar sozinho deu um super trabalho e foi correndo com as alianças e arrastando a Lorena. Eu que achava que não iria atrasar, atrasei. O dia que era pra ser de sol, com pôr do sol dos sonhos, estava nublado, mas pelo menos não choveu, não é mesmo?
O que era mais importante, não faltou! As pessoas que mais amávamos estavam lá, tínhamos um ao outro e a vontade de viver uma vida inteirinha juntos! O pai do Lícius, Pr. Rossini, fez toda a cerimônia e meu pai fez e cantou uma música emocionante exclusivamente para mim. Todo mundo chorou! Que dia inesquecível!
Mesa de doces para as crianças
Um dos cantinhos mais amados no nosso casamento foi uma mesa de doces super caprichada, com muitos cookies, chocolate reeses, chicletes, marshmallow e balas para as crianças. Mas os adultos curtiram muito também!
Cardápio Vegetariano! ;)
A bicicleta
A história da bicicleta foi bem inesperada! Em uma das nossas visitas ao Sítio Meio do Mato passamos por um pequeno hortifruti da vizinhança e logo na porta tinha um senhor com a bicicleta cheia de caixas com verduras e legumes. Quando eu vi aquela cena pedi para o meu pai parar o carro e fomos lá falar com ele! Aquele senhor ficou um pouco impressionado e desacreditado, mas eu falei que tinha amado a bicicleta do jeito que ela estava e que não precisava pintar ou ajeitar qualquer coisa. A graça estava no enferrujadinho, não no perfeito.
Nosso Photobooth
Para o Photobooth empilhamos alguns fenos e a minha cunhada prendada resolveu fazer corações de tecido e a inicial do nosso sobrenome. Usamos por muito tempo na nossa casinha.
Buquê de tecido
Na fase dos preparativos e inspirações eu pesquisei tantos buquês e por fim me apaixonei pela proposta de ter um buquê eterno, que não murchasse, que não morresse, sabe? Mostrei a proposta para a minha sogra e ela, super talentosa, executou pra mim. Tenho meu buquê guardado com muito carinho até hoje.
Câmeras Analógicas no lugar dos buquês
Como falei anteriormente, eu não era apegada à flores na fase do meu casamento, meu sonho era um casamento em meio à natureza, mas sem flores!:) Por isso optei por um buquê de tecido para mim, e câmeras antigas que haviam sido nossas ou das nossas famílias para a decoração e para as damas levarem. Além de tudo câmeras tinham significado especial pra gente!