Ainda temos muito que aprender sobre tipos de amor.
Afinal, se a palavra “café” não consegue traduzir toda a variedade de seus sabores e aromas, por que “amor” conseguiria?
Os gregos, por exemplo, viam o amor como algo multifacetado e tinham várias classificações para esse sentimento.
Trazendo para os tempos mais atuais, em 1986, o psicólogo estadunidense Robert Sternberg criou uma teoria curiosa capaz de mostrar qual o nosso tipo de relação. Saiba mais sobre ela abaixo.
Quais são os tipos de amor?
Segundo a teoria que mencionamos acima são 7 tipos de amor:
- Amizade
- Paixão
- Amor romântico
- Amor vazio
- Amor companheiro
- Amor fugaz
- Amor amigo/amizade
A “fórmula” do amor
A teoria triangular do amor é composta por três elementos: intimidade, paixão e compromisso.
Sendo que esse é o conceito de cada componente:
- A intimidade abrange os sentimentos de apego, proximidade e vínculo
- A paixão abrange o desejo romântico forte de ser correspondido e a atração sexual
- O compromisso abrange a decisão de permanecer com outra pessoa e dividir a vida com ela
Para facilitar, criaram uma ilustração para mostar como essas três coisinhas se relacionam e formam 7 tipos de amor e relacionamento no total.
Tipos de amor na prática:
Amizade
Para funcionar, os dois precisam se sentir próximos e ter carinho um pelo outro.
Mas repare que a amizade está isolada no topo porque não é desenvolvida uma paixão intensa, nem planos para uma vida toda.
É aquela coisa “que seja infinito enquanto durar”.
Aliás, você já tentou dar aquela chance para um amigo apaixonado por você, mas no fim não rolou nada? É isso…
2. Paixão
Sabe aquela coisa maluca de paixão à primeira vista? Sim, ela existe mesmo e até que faz muito sentido quando paramos para pensar.
Basta perguntar para um apaixonado porque ele gosta tanto da pessoa. Ele não sabe explicar direito.
Esse deslumbramento só surge porque não deu tempo de desenvolver intimidade ou compromisso.
Recentemente os neurocientistas descobriram que a paixão é poderosa porque altera o sistema de recompensa do cérebro. É como se a mente realmente ficasse viciada naquela pessoa!
Mas calma, a paixão é sempre uma etapa, nenhum relacionamento se firma nisso!
3. Amor romântico
Quando a intimidade e a paixão se encontram não tem jeito! Amantes românticos são do tipo que estão sempre se falando e admirando a beleza do outro.
Só que esse compromisso está muito focado no “e quando a gente vai se ver de novo?”
A pessoa te leva a todo tipo de passeio, te enche de presentes, mas uma aliança que é bom… nada!
4. Amor vazio
É simplesmente ancorado no compromisso, sem intimidade ou paixão, como nos casamentos arranjados que ainda acontecem em vários lugares no mundo.
Mas o amor vazio também pode aparecer depois de um amor forte que foi se desgatando com o tempo.
Quantos casamentos vemos por aí que só se mantém em pé pelo compromisso de cuidar dos filhos?
Então o amor vazio pode ser surgir tanto no começo quanto no final de uma relação.
5.Amor companheiro
Essa relação é marcada pelo amor íntimo e ligado a um compromisso a longo prazo, mas sem aquela paixão ardente e o toque físico.
Pode parecer uma situação triste, mas a realidade é que o foco do relacionamento já não é mais tão carnal.
E tudo bem, faz parte! No fim, é aquele sentimento profundo de afeição que prevalece.
6. Amor fugaz
Sabe aquela amiga emocionada que depois de dois encontros já está falando até em casamento? Esse é o exemplo perfeito!
A vontade de estar junto a todo custo é tão grande que às vezes a pessoa nem repara nos sinais vermelhos.
E do mesmo jeito que tudo acontece tão rápido, tudo pode se desmanchar em um piscar de olhos.
7. Amor consumado
Esse é considerado o relacionamento ideal! Para o psicólogo, esses casais geralmente passam muitos anos curtindo a vida íntima, não conseguem se imaginar com qualquer outra pessoa e enfrentam tudo juntos.
Mas (sempre tem um mas, rsrs) Robert deixa claro que é muito mais difícil manter esse tipo de relação do que chegar nela.
“Sem expressão, até o maior dos amores pode morrer.”
E o desamor?
Por fim, o último tipo de relação nem aparece na ilustração porque ele é simplesmente a falta de todos os elementos do amor.
É aquele sentimento por uma pessoa desconhecida que passa por nós na rua.
E aí surge a dúvida: será que é possível um relacionamento se desgastar tanto até chegar a esse ponto?
Philautia, o amor próprio
Tem mais um tipo de amor que o autor não colocou na equação mas que achamos que faz toda a diferença: o amor próprio.
Os gregos acreditavam que existam dois tipos opostos de amor próprio.
Sendo a Mania uma forma distorcida e narcisista de se ver. Assim, a pessoa se torna completamente obcecada por si mesma, em ganhar fama e fortuna.
Nessa perspectiva o parceiro é somente uma ferramenta para chegar ao seu objetivo, seus sentimentos não importam.
Já a versão saudável defende que você precisa se sentir autoconfiante e gostar de si mesmo.
Só assim seria possível dar amor aos outros. É exatamente o que Aristóteles acreditava.
“Todos os sentimentos amigáveis pelos outros são uma extensão dos sentimentos do homem por si mesmo”.
Quero melhorar a minha relação, e agora?
Esperamos que esse conteúdo tenha te ajudado a compreender melhor o momento do seu relacionamento e identificar quais pontos merecem mais atenção.
O auto conhecimento é sempre o primeiro passo!
Veja algumas dicas para melhorar o seu relacionamento:
- Faça um teste para descobrir qual a sua linguagem de amor e coloque em prática
- Melhore a forma de conversar com técnicas da Comunicação Não Violenta
- Expresse gratidão quando seu parceiro se esforçar para melhorar
- Não compare o seu relacionamento com o de mais ninguém
- Deixe o celular de lado e viva o momento presente
- Não tenha vergonha de testar a terapia de casal
- Reconheça os pontos que você precisa melhorar
- Deixe a rotina mais leve dividindo tarefas
- Faça terapia individualmente
- Ouça com atenção
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