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Os primeiros dias com a Bela

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A Isabela já completou 3 meses! Como o tempo passou rápido! Mas, antes de falar sobre o desenvolvimento dela e como tem sido esses dias, pensei que seria legal contar sobre os primeiros dias com uma bebezinha em casa. Olhando para trás e como é a rotina hoje, queria ter a experiência, calma e tranquila de hoje na primeira semana da Bela. Mas, não dá para voltar no tempo, e, para tudo tem um começo, um desafio, não é mesmo?

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Que dá trabalho, isso ninguém tem dúvida. Mamazinho + fraldas + banho + sonecas + mamazinho + fraldas + soninho + mamazinho + fraldas + colicazinha + mamazinho…. e assim vai! O ciclo se repete e o bebê recém nascido só quer saber de dormir e mamar. O que pega mesmo é a insegurança e toda a parte emocional. Sim, a parte emocional é o “gigante” de todos os dias.

Ficamos no hospital apenas dois dias. O dia da alta era o meu aniversário e foi tão gostoso passar o sábado com a Isabela em casa. O quartinho dela ganhou sentido completo e a nossa vida tinha mudado verdadeiramente. Meus pais e minha irmã vieram do Rio de Janeiro para ajudar com o que fosse preciso e foi essencial! A Isabela teve uma alergia na pele no primeiro dia de vida e tivemos que lavar todas as roupas, fraldas e mantas de novo (o médico indicou lavar com sabão de coco, aquele em pedra mesmo. Eu tinha usado o Roma bebê, mas ainda assim ela ficou sensível). A Junia e o Diego ficaram uma madrugada lavando e secando roupinhas para levarem pro hospital no dia seguinte. Lembro como se fosse hoje a Isabela saindo da maternidade com um pijaminha azul meio amassado rs (mas faz parte, e nessas horas, quem liga para a roupinha?).

Tudo é novidade, tudo é demorado, tudo é difícil. Consigo trocar uma fralda em segundos e de olhos fechados hoje, mas há três meses não era nada fácil. Grávidas que têm sobrinhos e treinaram antes são sortudas! Eu cheguei “crua” na vida de mãe! Ah, e sem contar que dá um medo do bebê engasgar depois do mamazinho, e todo mundo que pega no colo você fica olhando, com aquele medinho! Um ser tão frágil, delicado e pequeno, sob a sua responsabilidade. Aiii!

O momento em que a Bela dormia eu raramente conseguia dormir. Ficava arrumando as coisas ou simplesmente olhando para ela! Ah! E depois que o leite desceu, eu tinha que ficar um bom tempo fazendo massagens para o leite não empedrar! (acho que o assunto da amamentação merece um post só!). A minha bonequinha não deu muito trabalho. Um dia ou outro de cólica, a partir da segunda semana já dava umas esticadas de 4 a 5 horas de sono direto durante a noite. Ela ajudou muito a mamãezinha aqui, que não teve licença maternidade (blog não pára, gente! rs).

Também preciso contar que, como a Isabela nasceu bem magrinha eu fui indicada a amamentar de 2 em 2 horas. Isso me deixava tão ansiosa! Tinha dó de acordá-la (aquele soninho bom, sabe) e ela precisava ganhar peso! Que angústia de mãe! Quando ela completou uma semana e a pediatra pesou, tivemos a notícia de que estava engordando bem e que eu poderia deixá-la dormir! Foi um alívio!

São muitas coisas que passam pela cabeça… o bebê está engordando? Será que está na posição boa, certa e confortável para dormir? Meu leite é suficiente? Será que não mamou demais? Chupeta sim ou não? Roupa demais dá calor, mas será que está com frio?

Todas essas dúvidas somadas ao turbilhão de hormônios resultou em choros constantes. Eu chorei muito durante as primeiras semanas. Alguns dias ficava triste, e aí chorava porque não entendia porquê estava chorando! (que confusão! rs). É uma fase delicada para o casamento também. Aquele tempo de qualidade com o marido não existe mais e muitas vezes a comunicação fica “perdida”. É preciso sabedoria e muita oração para manter tudo nos eixos. Eu acho que cada mulher/mãe reage de uma forma. Não tem regra, não dá para prever. O segredo está em aceitar e essa é a parte mais difícil. Ao mesmo tempo que é amor demais, um sentimento de “estar completo” perfeito, vem um medo, uma preocupação e uma confusão de hormônios que só o tempo e muita paciência do marido e família para superar. Se você ainda está grávida, nem pense nessa parte porque não dá para saber como será, mas a minha dica é: acredite no seu potencial e saiba que você é a pessoa mais habilitada para cuidar do seu filho, mesmo sem experiência alguma, como foi o meu caso.

Eu me tornei uma leoa. E tenho orgulho disso! A maternidade traz muitas mudanças. Saber equilibrar todas elas é um desafio. O sono muda (acordo com qualquer barulhinho), enxergo perigo aonde não tem, penso mais nas pessoas, me preocupo com o futuro e com o mundo (dá vontade de mudar de país por causa da falta de segurança), não ando sem cinto de segurança nem no banco de trás, me alimento melhor (ok, tem dias que não dá tempo e fica mais ou menos essa parte rs). A minha luta diária é não deixar a maternidade me tornar uma pessoa “pesada”, e sabem de uma coisa? Cada vez está melhor, mais natural, mais gostoso.

Os primeiros dias são difíceis, mas são mágicos.
Os primeiros meses são intensos, mas o amor é tanto que vale cada noite mal dormida, cada dia difícil, cada choro incompreendido.

Por mais clichê que seja, ser mãe com certeza é padecer no paraíso!


Fotos: Junia Lane
Quadrinho: Chuva de Papel

 

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