Thayna e Nilton organizaram um festão para 240 convidados, mas queriam manter a atmosfera intimista.
E existe lugar melhor do que a casa dos pais?
“Quando começamos a planejar o casamento, nossa principal decisão foi torná-lo o mais íntimo possível.
Como a família dele (pais, tios, primos e irmão), tinha uma tradição de casar em casa, decidimos seguir o mesmo caminho.
A escolha desse local, além de honrar a tradição familiar, representava para nós o lugar onde nos reuníamos a cada dois meses.
Sendo um símbolo da nossa história e do vínculo construído durante os 7 anos de relacionamento.”
O maior desafio de todos: a distância
“Nos conhecemos no ensino médio, mas oficializamos nosso relacionamento após nós formarmos.
Com apenas 2 meses de namoro, recebemos a notícia que passamos na faculdade.
Mas eu passei para o Rio de Janeiro, e ele, para Ouro Preto, em Minas Gerais.
Depois de quase 7 anos juntos, vimos o quanto queríamos ficar juntos, e mesmo com as dificuldades (eu faço doutorado no Rio e ele trabalha em Ouro Preto), decidimos nos casarmos e morarmos na cidade mineira.
A decisão não foi fácil, mas nós encontrarmos a cada dois meses não era mais uma opção.”
Um pedido de casamento temático
“Já estávamos com a data do casamento marcada, mas não havíamos nos visto desde então.
Sempre nos revezávamos para nos encontramos, dessa vez eu vim a Ouro Preto e nos encontramos na praça Tiradentes, a principal da cidade, a que sempre tive uma paixão enorme.
Ele decidiu fazer o pedido inspirado no filme que sou apaixonada, Up Altas Aventuras.
Fez um buquê de balões e, com a música ao fundo, me fez o pedido na praça.”
Uma surpresa no making of
“Durante o making of foi o momento que mais chorei.
O noivo não é muito expressivo com ações românticas, e nunca me escreveu algo ou fez algo manualmente, sendo que eu sou exatamente o oposto.
Mas, dessa vez, ele fez um álbum de fotos com textos da nossa história, com frases que sempre dizemos e minhas músicas favoritas, mostrando o quanto é atencioso.
Junto com balões, abajur, pingentes e colar sobre o filme Up altas aventuras, que sou apaixonada desde criança.
Fiz first look com meu pai e com minhas madrinhas.
Meu pai é muito sério e não demonstra muito os sentimentos, então foi incrível fazer com ele e vê-lo se emocionar, mesmo sem querer.
Com minhas madrinhas foi incrível também, consegui conversar um pouco com elas e expressar sentimentos de gratidão.”
A Família toda participou dos preparativos
“Incluímos nossa família em cada etapa do planejamento.
A mãe do Nilton, proprietária de um ateliê de doces finos, produziu os doces, bolos e lembrancinhas do casamento, com nossa participação próxima em todo o processo.
Enquanto eu cuidava das criações manuais, como convites, bordados e papelaria, o Nilton, junto com seu pai e irmão, se encarregava das questões estruturais da casa, que foi transformada em um verdadeiro salão de festas.
Essa união de esforços fez com que cada canto do casamento refletisse a nossa dedicação e amor.”
Símbolo do amor
“A cerimônia toda eu fiquei muito emocionada, mas a entrada dos meus sobrinhos com as alianças foi algo que me tocou muito.
Aliás, tivemos também a honra de usar as alianças dos avós do Nilton, que carrega o nome do avô.
Em meio a 25 netos, o meu noivo foi o escolhido para herdar essas alianças, que simbolizam 60 anos de companheirismo.
Para tornar tudo ainda mais especial, o celebrante foi o tio do Nilton, reforçando o caráter familiar e íntimo da cerimônia.
O tio foi capaz de unir nossas duas crenças de forma emocionante, mesclando passagens bíblicas com sermões espíritas, reforçando as semelhanças entre as religiões e o respeito mútuo.”
Mix de culturas
“Embora tenhamos nos conhecidos em Petrópolis, eu sou baiana, e era muito importante para mim trazer elementos da minha cultura para o casamento.
A celebração, realizada em 27 de julho de 2024, contou com 240 convidados e uniu duas famílias grandes e diversas: uma baiana e outra petropolitana, com amigos vindos de Minas Gerais e São Paulo.
O evento foi repleto de toques culturais, com músicos que trouxeram o som nordestino do acordeom, folhetos em cordel contando a nossa história.
Além de uma fusão de comidas típicas da Bahia e do Rio de Janeiro.
A festa durou 7 horas e abriu com uma valsa ao som de um forró que representa nossa história: Eu te amo tanto, de Iguinho e Lulinha.
A pista de dança foi dominada pelo pagodão baiano, representando minha família, enquanto a família do Nilton trouxe o toque da MPB.
Todos os convidados viveram a festa intensamente.”